quarta-feira, julho 03, 2002

Finalmente fez-se justiça ao goleiro, a posição mais ingrata e a que eu mais admiro no futebol. O prêmio de craque da copa dado a Oliver Kahn pode ter sido um consolo pela falha na final, mas representa o que o goleiro fez durante toda competição. Tirando a goleada sobre a Arábia na estréia e a final, Kahn "kahnrregou" a Alemanha nas costas.

Havia esquecido de dizer que o treinador de Kahn nesta Copa foi o lendário Sepp Maier, campeão mundial em 74. "Aprenda com o maior goleiro do mundo - Sepp Maier" foi um dos meus livros de cabeceira na infância. Maier não foi capitão naquele título porque havia um tal de Beckenbauer. Seria um prêmio para Maier que seu pupilo erguesse a taça.

Como goleiro amador, entendo o drama de Kahn. Quando era Chilavela, há uns três anos, levei um time de bundas moles à final do campeonato da comunicação da PUC. Não fui campeão, mas ganhei o troféu de melhor goleiro. Pelo menos não falhei na final. Oliver meu caro, bola pra frente (no seu caso é melhor pro lado). Quando tirar férias no Brasil, pinta lá na minha pelada, a dos "pavios curtos", uma galera esquentada que sempre bate boca. Lá, com a sua cara de mal, ninguém vai chiar se você bater roupa novamente.

Não esqueci de "São Marcos". Não fosse as defesas contra Bélgica, Turquia e Alemanha, o penta teria ido pro ralo. Santo perebento!

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