quarta-feira, junho 12, 2002

Enfim, contato

Eu sabia que esse negócio de ser correspondente internacional do “COPAQUEPARIU!!!!” não ia dar certo, mesmo. E não foi por falta de aviso. Aproveitando-se a passagem da minha década nupcial, os demais redatores desse conceituado veículo de comunicação fizeram uma vaquinha e, juntando alguns pesos argentinos, mandaram-me fazer a cobertura da Copa diretamente das fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Argentina.

A bordo de uma aeronave Fucker 100-conforto da VASP (Viação Aérea Sofre Passageiro), após degustar de um apetitoso saquinho de 100g de biscoito salgadinho-e-gordurinha-nos-dedos durante o vôo, desembarquei no Aeroclube de Foz do Iguaçu aonde, a bordo de uma Kombi do ano (do ano de 1972), um legítimo brasiguaio me aguardava para fazer o traslado até o hotel.

Lá chegando, logo notei que o tal “5 estrelas” prometido pelos demais “coleguinhas” somente seria alcançado se ficasse deitado num banco ao ar livre, de barriga pra cima, olhando para o céu. E numa noite sem nuvens...

Acomodado no melhor camofo, ops..., cafofo do lugar, desfiz a mochila e procurei logo uma tomada de linha telefônica para conectar meu lapitopi Toxiba a fim de mandar as primeiras “news”. Qual não foi minha surpresa, ao tentar abrir a página do IG (assim posso ficar com a verba disponibilizada para o servidor), noto uma fumaça saindo de dentro do lapi e, após um pequeno princípio de incêndio debelado com um copo de água retirada da privada, o equipamento faz um “down” e “load” espafitado no chão acarpetado do flat.

Desesperado, sem equipamentos para cumprir com a minha missão jornalística, passo no camelô paraguaio em frente ao hotel e compro três canetas de cores diferentes da marca bique e um bloquinho com a Barbie excessivamente maquiada de rosa na capa. Tudo por 1 real! Tento ligar a cobrar para meus colegas redatores, mas, infelizmente, noto que todos eles ao ouvirem aquela musiquinha característica da Embratel nas ligações interurbanas, batem o telefone na minha cara, sem que eu possa me identificar. Pôxa, nem o “TO” do Beto eles deixavam eu completar.

Assim, após um proveitoso banho nas “falls” brasileiras e convencido de que procurei fazer o melhor possível, retorno by São Geraldo’s bus, repleto de material (aproveitei umas ofertas incríveis de Ciudad Del Leste), a tempo ainda de ver os jogos restantes da Copa. Esse ano não tem pra ninguém. Vai ser moleza. Sou França e dou dois de vantagem na final.


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